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Segunda-feira, 13/05/2024
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CIÊNCIA & TECNOLOGIA - Trabalhos Técnicos

Sanidade

A Celulite nos Frangos de Corte

Falavenna, Bello, L, C. UFRGS/CDPA - Revista Sanidade Avícola Dentre as várias doenças que provocam lesões na pele dos frangos de corte, a celulite é uma das mais importantes, principalmente por causar elevados prejuízos em função da condenação parcial ou total das carcaças em abatedouros do mundo todo. Essa doença foi descrita pela primeira vez em 1984 na Grã-Bretanha e, desde então, vem apresentando importância crescente em função da sua ocorrência cada vez mais freqüente. Tecnicamente, a celulite é definida como "um processo inflamatório purulento agudo do tecido subcutâneo", o qual é tipicamente observado na região abdominal e nas pernas das aves. Inicialmente, pensou-se que haveria dois tipos de celulite, conforme a localização das lesões. A celulite do tipo I seria caracterizada pela presença de lesões na área ao redor do umbigo e decorreria de problemas no incubatório, enquanto que a do tipo II, envolveria diferentes partes do corpo das aves e resultaria de arranhões infectados. Atualmente, essa classificação está abandonada, uma vez que não encontrou fundamentação científica. Vários pesquisadores mostraram que é possível, experimentalmente, produzir a enfermidade em poucas horas ou dias após a inoculação subcutânea de amostras de Escherichia coli isoladas de casos de campo. Esses modelos experimentais para indução da celulite indicaram que, para que a mesma ocorra, é necessário que a primeira linha de defesa, ou seja, a pele, esteja comprometida e que uma grande quantidade de bactérias entre em contato com a pele alterada a fim de ganhar entrada e multiplicar-se no hospedeiro. Embora as lesões da celulite sejam tidas como características, o diagnóstico da doença não é tão simples assim. As lesões consideradas típicas são aumento na espessura da pele e alterações na coloração da mesma, a qual pode variar de amarela até marrom-escura na região afetada, geralmente a área do abdômen ou da sobrecoxa. Essas lesões medem, geralmente, entre 1 e 10 cm de diâmetro e, ao corte, nota-se edema subcutâneo, hemorragias musculares e exsudato que pode estender-se pela coxa, peito e dorso. A presença de uma placa fibrinosa entre o tecido muscular e o subcutâneo é característica da doença. Como essas alterações são dificilmente observadas no animal vivo, a celulite geralmente só é diagnosticada na ocasião do abate das aves. A esse respeito, deve-se mencionar que o exame histopatológico de amostras de pele com suspeita de celulite nem sempre confirma esse diagnóstico macroscópico feito pela Inspeção Federal. Assim, em função da dificuldade de diagnosticar-se corretamente a doença, foi rea-lizado um trabalho de pesquisa em conjunto com o Ministério da Agricultura e os resultados mostraram, entre outras coisas, que as lesões consideradas típicas da celulite podem ocorrer também em outras doenças da pele, como é o caso da bouba e da dermatite inespecífica, o que complica ainda mais o trabalho dos inspetores veterinários. Assim, como as lesões microscópicas são as que permitem diagnosticar corretamente a doença, aconselha-se que o exame histopatológico seja o método utilizado quando houver dúvida. O controle da celulite deve incluir ações que reduzam a ocorrência de traumatismos na pele, diminuam a população bacteriana no ambiente e aumentem a capacidade imunológica das aves. Dessa forma, por exemplo, o empenamento das aves é importante, assim como a densidade popula-cional no galpão; o primeiro, porque fornecerá proteção contra os arranhões provocados pelas unhas das outras aves e, a segunda, quando não elevada demais, porque levará a um menor contato entre os animais e reduzirá a chance de ocorrerem traumatismos. O controle da qualidade da cama é, também, muito importante, uma vez que esta poderá servir como um ótimo meio de cultura para as bactérias causadoras da enfermidade. Com relação à imunidade das aves, a nutrição é fundamental, assim como também a prevenção contra diversos agentes de imunodepressão, como é o caso da doença infecciosa da bolsa de Fabrício, da anemia infecciosa, da leucose (amostra J) e da doença de Marek, além das micotoxinas, entre outros. Resumidamente, a manutenção da integridade da pele, da boa qualidade da cama e do perfeito funcionamento do sistema imunológico das aves são procedimentos que certamente contribuirão para a diminuição dos prejuízos causados pela celulite nos frangos de corte. O controle da densidade populacional é uma das formas de redução de celulite


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