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Quinta-feira, 21/11/2024
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CIÊNCIA & TECNOLOGIA - Trabalhos Técnicos

Manejo / Incubação

Efeito da Seleção para Características Produtivas Sobre o Desenvolvimento Embrionário em Linhagens Maternas para Corte

G.S. Schmidt E.A.P. de Figueiredo M.C. Ledur H.J. Alves INTRODUÇÃO Na produção comercial de pintos, desde a fertilização até a eclosão, é afetado por vários fatores, controláveis ou não, que determinam a eficiência da incubação e qualidade do pinto. Existe uma série de componentes endógenos ou genéticos, que contribuem para a variabilidade de desenvolvimento, que podem interagir com as variáveis de ambiente. Características genéticas individuais e (ou) linhagem afetam a correlação do peso do ovo e peso do pinto. Whiting & Pesti (1) verificaram que em linhagens anãs (Dwarf) o peso do pinto correspondia a 67,3% do peso do ovo, enquanto nas linhagens normais à 68,4%. Os autores sugerem que os embriões de ovos maiores podem ser mais eficientes na utilização dos nutrientes do ovo, hipótese esta que pode ser parcialmente explicada pela correlação positiva observada entre o peso do ovo e a relação peso do ovo e peso do pinto (1, 2). O objetivo do presente trabalho foi investigar o efeito da seleção para características produtivas, em linhagens maternas de aves para corte, sobre o desenvolvimento embrionário durante a incubação. MATERIAL E MÉTODOS Foram utilizadas 300 fêmeas e 30 machos, com 36 semanas de idade, das linhas maternas PP (selecionada) e PPc (controle). PP foi selecionada por oito gerações para peso corporal (PC) e produção de ovos na Embrapa Suínos e Aves. Os ovos férteis foram coletados durante 4 períodos de 5 dias consecutivos, com intervalo de duas semanas, com a realização de 4 incubações. Em cada período, um total de 960 ovos/linha foram identificados e separados em 4 grupos de 240 ovos (repetições) e armazenados, para posterior incubação. Nos períodos de 9 (P9), 11 (P11), 13 (P13), 15 (P15) e 17 (P17) dias de incubação os embriões foram coletados e pesados individualmente. No 18 o dia as repetições referente ao peso do pinto (P21) foram transferidos para a máquina de eclosão onde permaneceram até o nascimento. A correlação entre o peso do ovo (PO) e o peso do embrião (PE) foi analisada dentro de cada período. As análise foram realizadas utilizando-se os procedimentos estatísticos contidos no pacote SAS (3). RESULTADOS E DISCUSSÃO O PO não foi influenciado pelos efeitos de linhagem, incubação e interação entre ambas em nenhum dos períodos avaliados, indicando não haver diferença significativa entre as linhagens para esta característica. Este fato decorre da baixa pressão de seleção para peso do ovo na linhagem PP. Com relação ao PE, as diferenças entre as linhagens passam a ser significativas a partir de P15, resultando na diferença de 1,9g no peso do pinto. Considerando que o PO foi semelhante entre as linhagens e, que ambas tiveram a mesma base genética, a mudança genética no desenvolvimento embrionário, pode ser creditado a seleção para peso corporal. Mudanças no número de células percursoras do desenvolvimento esquelético (4), diferenças na composição e eficiência de utilização dos nutrientes pelo embrião (1, 2), podem explicar parte da variação. As mudanças no PE, com a manutenção do PO, alteraram a correlação destas características, com diferenças significativas a partir de P13. As correlações de 0,72 e 0,70 (P21), respectivamente para PP e PPc, estão dentro dos limites encontrados na literatura (0,50 a 0,95 (2). O peso do pinto correspondeu a 70,91 (PP) e 68,48% (PPc); do PO. Os aumentos estimados no PE, com o aumento de 1,0g no PO, para P21 foram de 0,71g (PP) e 0,68g (PPc). O incremento de 3,56% na relação do peso do pinto e PO é decorrente das diferenças genéticas, devido a seleção para peso corporal, que está alterando as correlações sem alterar o PO. CONCLUSÕES A seleção para peso corporal e produção de ovos, com a manutenção do PO, altera a curva de desenvolvimento embrionário (PE), a correlação entre PO e PE e a relação PO:PE, a partir do 13 o dia de incubação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS WHITING TS, PESTI GM. Poultry Science; 63:425-9, 1984. YANNAKOPOULOS AL, TSERVENI-GOUSI AS. Poultry Science; 66:829-833, 1987. SAS statistical analysis sistems user´s guide: Stat. Version 6.4, ed. Cary: SAS Institute, v.2, 1996. SCHMIDT et al. In: Anais da Conferência APINCO de Ciência e Tecnologia Avícola, Anais..., p.52, 1997.


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