Nutrição
Aditivos Alternativos na Nutrição Animal
José Eduardo Butolo - Supremais
Portal MegaAgro
De 16 e 17 de agosto 2000. - Instituto Agronômico Campinas - Promovido pelo C.B.N.A - Colégio Brasileiro de Nutrição Animal. Participação da Indústria, Ministério da Agricultura, Universidades Brasileiras, Técnicos especialistas do Brasil, Europa, USA, México, e também de produtores de aves, suínos e bovinos, num total de 186 pessoas.
O Objetivo desse encontro, foi o estabelecimento de um fórum de debates no tocante aos aditivos (micro ingredientes de alimentação) alternativos, face à pressão dos consumidores europeus, asiáticos e da comunidade latino americana por produtos cada vez mais seguros para o animal, para o criador e para o consumidor e que não agridam o meio ambiente. Os aditivos, melhoradores da produtividade animal (ganho de peso e conversão alimentar), têm sido utilizados nos últimos 50 anos, reduzindo as infecções bacterianas intestinais, preservando a integridade da mucosa intestinal permitindo que haja melhor absorção dos nutrientes e desempenho produtivo dos animais.
Quando utilizados de acordo com as normas que regulam seu uso, não apresentam qualquer resíduo nos tecidos comestíveis, sendo seguro tanto para o animal , quanto para o homem. O fato de alguns desses princípios ativos serem utilizados na terapêutica veterinária e humana, levantou algumas contra indicações, até hoje sem comprovação científica. Alguns países da Europa têm banido o uso desses microingredientes de alimentação, "pelo princípio de cautela", baseando-se na alegação de que alguns desses aditivos apresentam moléculas cuja estrutura poderia induzir resistência cruzada a antibióticos utilizados na terapêutica humana.
Nos USA, o uso desses aditivos é permitido. No Brasil existe regulamentação para o uso. Alguns, tais como as tetraciclinas, a penicilina, as sulfas, a avoparcina, têm seu uso proibido como promotores de crescimento, a fim de preservar a segurança alimentar para o consumidor.
Acontece que a população tem procurado cada vez mais, alimentos sem a presença de qualquer "aditivo", ou seja, mais "naturais", mesmo a custo mais elevado.
Argumentos contra e a favor tem sido apresentados em inúmeros debates, mas a posição do consumidor, quanto à segurança alimentar, tem prevalecido e os aditivos promotores de crescimento vêm sendo banidos da alimentação animal em todo o mundo. As alternativas passam pelo desenvolvimento da saúde intestinal que pode ser obtido com o uso racional de bactérias colonizadoras intestinais. São os probióticos que representam uma alternativa natural à substituição dos antibióticos, além de outras vantagens, como o aumento da resistência natural do hospedeiro.
Como resultado do encontro, poderíamos concluir que os Probióticos e outros componentes biológicos citados, tais como as leveduras, os extratos herbais e etc. representam os modernos "Promotores biológicos de crescimento".
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