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Quarta-feira, 04/12/2024
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Alojamento de Pintos Comerciais de Postura
Ovos Vermelhos - Milhões de Cabeças

20182019202020212022
JAN2,0121,6402,0531,6581.661
FEV1,8941,4552,0651,5201,430
MAR2,1232,1192,3231,9911,622
ABR1,8751,9872,2612,1881,572
MAI1,9821,7772,5102,0372,052
JUN1,7381,5712,5041,7121,849
JUL1,8581,5902,5031,9941,948
AGO2,0861,6212,2771,9802,273
SET1,7701,5162,2012,0321,627
OUT2,0861,5472,4381,8781,753
NOV2,1711,6651,8831,8501,851
DEZ1,9091,6761,6671,5701,963
TOTAL23,50420,16426,68522,412

Apesar dos altos e baixos do período, resultados do ovo no semestre foram positivos

Verdadeiro “salvador da pátria” quando outras proteínas de origem animal alcançam preços proibitivos para bolsos não muito favorecidos, no final de 2019 o ovo foi beneficiado pela alta valorização obtida pelas carnes no período: alcançou em dezembro não só o melhor preço do ano, mas um dos melhores (ao menos nominalmente) de todos os tempos.



Por isso, ao iniciar-se 2020, seu desempenho ocasionou verdadeiro choque no setor produtivo, já que o preço alcançado em meados de janeiro chegou a apresentar queda de mais de 30% em relação à média do mês anterior, retrocedendo aos menores níveis em 12 meses.

O susto valeu, pois imediatamente procedeu-se a um esforço pela readequação da oferta, seja descartando poedeiras mais velhas ou destinando ao abate as menos produtivas. Imediata também foi a reação do mercado. Pois em plena segunda quinzena de janeiro (época improvável para altas do produto) iniciou-se rápida recuperação de preços, processo que prosseguiu em fevereiro e propiciou, no mês, valorização de mais de 40% em relação à média de janeiro.

Imaginava-se, então, que os preços alcançados no final de fevereiro, quando a começou a Quaresma (dia 26), permaneceriam mais ou menos os mesmos por todo o mês de março, até a chegada da Páscoa, em 12 de abril.

Porém, um mês antes das comemorações pascais, depois de permanecer reticente por longo período, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu (11 de março de 2020) que o novo coronavírus que começava a ocasionar perdas de vidas humanas na Ásia e na Europa correspondia a uma pandemia. A partir daí, no Brasil e no mundo, o ovo tornou-se – ainda que por curto espaço de tempo – o alimento “da vez”.

O processo foi desencadeado com a constatação de que, neste primeiro momento, só o isolamento social poderia deter a disseminação do desconhecido agente. Repentinamente confinadas em suas casas, as famílias (re)descobriram que o ovo era o alimento de mais fácil e rápido preparo para aquele momento.

Não que tenha ocorrido simultâneo aumento de consumo. O que mudou foi o ponto de demanda - o consumidor final – alijando-se do processo praticamente todo o food-service, aí inclusa a fabricação, em pequena ou grande escala, de pães, bolos, doces e toda uma série de alimentos que têm no ovo ingrediente essencial.

Até que se conseguisse redirecionar a oferta para o novo ponto de concentração da demanda os preços experimentaram verdadeiro “boom” – situação que se repetiu em diversas partes do mundo. Daí ter-se alcançado, mesmo depois de findo o período de Quaresma, as maiores cotações de todos os tempos - fato inédito na história do setor.

Mas à medida que a distribuição foi sendo redirecionada, os preços passaram a sofrer deterioração, contribuindo para isso, também, a ausência da merenda escolar, um dos grandes fatores de sustentação do consumo no decorrer de cada exercício. E, sem contar, ainda, com a alta demanda das festas juninas, nos últimos dias do primeiro semestre o ovo registrou os menores preços dos últimos cinco anos.

De toda forma, graças ao excepcional desempenho registrado entre fevereiro e abril o ovo completou o primeiro semestre de 2020 com preços cerca de um terço superiores aos do mesmo período de 2019. Em relação à media anual do ano que passou e considerando os preços alcançados pelas cargas fechadas de ovos brancos do tipo extra, a valorização média deste ano ficou próxima dos 30%.

Fonte: ABPA / Informações mercado